quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

CONSCIÊNCIA NEGRA

Na época da escravidão não foi nada fácil para os negros, eles eram tratados como mercadoria ou muitas vezes como animal, eram embarcados a força, transportados nos porões dos navios, muitos não resitiam e morriam durante a viagem, os que sobreviviam tinham que trabalhar feridos e até dormir acorrentados. No momento em que deixavam sua famílias estes perdiam até seu próprio nome, que era muito importante para eles. Na nossa opinião, até hoje ainda existe trabalho escravo, nao os que trabalham acorretandos, mas os que são escravos da pobreza, das drogas, da violência, de várias formas ainda são explorados, principalmente pela classe alta que é quem explora s classe trabalhadora de baixa renda.

Texto produzido pelos alunos: Lidiomar e Vailson da 7ª série noturno na disciplina Cultura Regional durante o projeto NTE vai à Escola.

CONSCIÊNCIA NEGRA

O africano perdeu a terra em que vivia, o convívio com os parentes, a liberdade e até mesmo o próprio nome. Todos sabemos que o nosso nome é muito importante. Agora, imagine só uma pessoa perder seu próprio nome. E, após substituir o seu nome africano pelo nome português, os africanos eram obrigados a esquecer o seu passado, sua família e a sua identidade, pois os coronéis pegavam os africanos e faziam o que queriam, principalmente substituir o nome.
Dentro do navio negreiro os africanos faziam suas necessidade, e devido a sujeira do navio muitos acabavam adoecendo e até morrendo.
segundo o historiador Joao José Reis, durante os 400 anos em que durou o tráfico negreiro, a América recebeu perto de 15 milhões de nativos da Africa - foram trazidos por volta de 06 milhoes de homens, mulheres e crianças.

Texto produzido pela aluna: Carla Soares da 7ª série na disciplina Cultura Regional durante o Projeto NTE vai à Escola.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Halloween: Entendendo a cultura estadunidense.


Não é raro perceber em falas de várias pessoas uma visão estereotipada do halloween. No Brasil, especificamente, foi disseminada uma visão cristã, com o objetivo de descaracterizar a tradição milenar do halloween. Entretanto, há de se perguntar, o que, na verdade, é o halloween e por que essa tradição é tão mal interpretada pelos brasileiros?

Mostrar a cultura do outro, comparando e trabalhando com aspectos da nossa cultura, permite entendermos melhor o outro e a nós mesmos. Esse projeto também é uma forma de integrar a comunidade escolar e permitir também uma aprendizagem efetiva fora da sala de aula.


Desta maneira, este projeto, elaborado pelo professor Antonio Eliseu Lemos Leal Sena, tem como objetivo geral entender e compreender a cultura estadunidense através do halloween. A culminância do projeto será no dia 29/10, às 18:30 horas, com desfiles de fantasias, baile de máscaras, contos de terror, apresentações e muito mais! A melhor fantasia e o melhor conto de terror ganham prêmios! Esteja à vontade para vestir a sua fantasia e participar! Sua presença será muito importante!


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Óh, Pátria Amada, Idolatrada!




O Sete de Setembro foi comemorado pelo Colégio Estadual Vilas Boas Moreira com muita alegria, descontração e estilo. Com os seus pelotões arrumados, animados pela banda Fanfarra do colégio estadual Centro Integrado de Educação Navarro de Brito, o Vilas Boas fez a sua participação simbólica em homenagem à Independência do Brasil, motivando os alunos, à terem senso de disciplina, a demonstrar o amor à pátria e o respeito. Além de estudantes de outros colégios, o desfile também foi prestigiado pelos pais dos alunos e por grande parte da comunidade do Bairro Brasil.

Clique no nosso àlbum para ver as fotos do desfile e comente.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dia dos Estudantes.


O Dia dos Estudantes no Colégio Vilas Boas Moreira também foi comemorado com estilo! No diurno, os professores de Matemática, considerando as dificuldades que alguns alunos encontram nesta matéria, e contando com a participação dos outros professores e funcionários do colégio, elaboraram um bingo recreativo diferente: ao invés de ler o número diretamente, o aluno teria de fazer cálculos matemáticos com as quatro operações básicas para acertar o número sorteado. Essa iniciativa também foi abraçada pelos professores do noturno e muito bem aceita por todos os alunos. Essa foi uma homenagem do Colégio Estadual Vilas Boas Moreira a todos os seus estudantes! Parabéns!

Clique no nosso àlbum para ver mais fotos!

A Doida


Uma iniciativa da professora de Língua Portuguesa do noturno, Elta Cristina, também foi trabalhar com a adaptação de textos literários. E os alunos da 8ª série fizeram este trabalho com maestria e destreza. Após trabalhar com o texto A Doida, do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, os alunos fizeram uma adaptação do texto e encenaram-no em sala de aula.

Essa não é a primeira vez que a professora Elta Cristina trabalha com adaptações de textos literários dentro da sala de aula e, nota-se que, pelas ações da professora e pelo que tem dado certo, essa não vai ser a última. Além de aprender leitura, releitura e interpretação, os alunos do Colégio Estadual Vilas Boas Moreira também aprendem a adaptar um texto e a arte de teatralizar!

Clique no nosso àlbum para ver mais fotos!

sábado, 1 de agosto de 2009

Literatura em foco.



Neste ano, os alunos do Colégio Estadual Vilas Boas Moreira também tiveram o seu momento de leitura e representação teatral a partir de obras da Literatura. A peça teatral Vidas Secas foi uma iniciativa da professora Elta Cristina que, contando com a participação de alunos da 7ª e 8ª séries noturno, selecionou alguns trechos do livro para realizar uma apresentação esplêndida! Isso também é, certamente, leitura, literatura e aprendizagem. Veja mais fotos desse evento no nosso álbum e faça um comentário aqui!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Garoto e Garota Vilas Boas!


Quem nunca pensou em ser um modelo ou uma modelo conhecida? Brilhar nas passarelas e se tornar uma estrela por pelo menos uma noite? Foi isso o que aconteceu no mês de Abril no Colégio Vilas Boas Moreira! Essa idéia brilhante de fazer com que os nossos alunos e alunas brilhassem na passarela foi uma iniciativa da professora Elta Cristina que contou com a colaboração da professora July e de todos os outros professores, funcionários do colégio, pais dos alunos e comunidade. Se você tiver mais fotos deste dia ou quaisquer outras fotos dos eventos deste ano no colégio Vilas Boas e quer que elas sejam postadas neste blog, deixe um CD com as fotos na Diretoria do colégio que elas serão selecionadas e postadas. Clique no nosso álbum para ver as fotos e faça o seu comentário aqui!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Viva São João!


Este ano, o Colégio Estadual Vilas Boas Moreira comemorou mais um São João com estilo, alegria e bom gosto. Em um clima de animação, este foi um dos vários momentos proporcionados para os estudantes se integrarem, se reencontrarem e de se animarem. Afinal, é fato de que a aprendizagem também se faz fora da sala de aula. Um dos momentos mais marcantes desta noite foi a participação especial da quadrilha do Colégio Estadual Abdias Menezes. Uma quadrilha super animada, eletrizante e atual que se dispôs a apresentar-se e integrar-se com os estudantes do Vilas e foi muito bem aceita por todos. O Colégio Vilas Boas, em nome dos professores e funcionários da escola, agradece grandemente a participação especial da quadrilha do Colégio Abdias Menezes na nossa singela confraternização de São João. Clique no nosso álbum para ver as fotos e faça o seu comentário aqui!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A INDEPENDÊNCIA DA BAHIA - TEXTO 3


O que é o 2 de julho

A comemoração do dia 2 de Julho é uma celebração às tropas do Exército e da Marinha Brasileira que, através de muitas lutas, conseguiram a separação definitiva do Brasil do domínio de Portugal, em 1823. Neste dia as tropas brasileiras entraram na cidade de Salvador, que era ocupada pelo exército português, tomando a cidade de volta e consolidando a vitória.
Esta é uma data máxima para a Bahia e uma das mais importantes para a nação, já que, mesmo com a declaração de independente, em 1822, o Brasil ainda precisava se livrar das tropas portuguesas que persistiam em continuar em algumas províncias. Então, pela sua importância, principalmente para os baianos, todos os anos a Bahia celebra o 2 de Julho. Tropas militares relembram a entrada do Exército na cidade e uma série de homenagens são feitas aos combatentes.
Entre todas as comemorações, a do ano de 1849 teve um convidado muito especial. O marechal Pedro Labatut, que liderou a tropas brasileiras nas primeiras ofensivas ao Exército Português, participou do desfile, já bastante debilitado e sem recursos financeiros, mas com a felicidade de homenagear as tropas das quais fez parte.
Para chegar a este dia, muita luta foi travada...
O Brasil do início do século XVIII ainda era dominado por Portugal, enquanto o Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e a Bahia continuavam lutando pela independência. As províncias não suportavam mais a situação e, percebendo os privilégios que o Rio de Janeiro estava recebendo por ser a capital, Pernambuco e Bahia resolveram se rebelar.
Recife deu início a uma revolução anti-colonial em 6 de março de 1817. Esta revolução tinha uma ligação com a Bahia, já que havia grupos conspiradores compostos por militares, proprietários de engenhos, trabalhadores liberais e comerciantes. Ao saber desta movimentação, o então governador da Bahia, D. Marcos de Noronha e Brito advertiu alguns deles pessoalmente.
O governo estava em cima dos conspiradores e, devido à violenta série de assassinatos, muito baianos resolveram desistir. Com toda esta repressão, a revolução de Recife acabou sendo derrotada. Os presos pernambucanos foram trazidos para a Bahia, sendo muitos fuzilados no Campo da Pólvora ou presos na prisão de Aljube, onde grande personagens baianos também estavam presos.

Movimentação pela independência:

Diante das insatisfações, começaram as guerras pela independência. Os oficiais militares e civis baianos passaram a restringir a Junta Provisória do Governo da Bahia, que ditava as ordens na época, e com esta atitude foi formado um grupo conspirativo que realizou a manifestação de 3 de Novembro de 1821.
Esta manifestação exigia o fim da Junta Provisória, mas foi impedida pela "Legião Constitucional Lusitana", ordenada pelo coronel Francisco de Paula e Oliveira. Os dias se passaram e os conflitos continuavam intensos. Muitos brasileiros morreram em combate.Força portuguesa:
No dia 31 de Janeiro de 1822 a Junta Provisória foi modificada. E depois de alguns dias, chegou de Portugal um decreto que nomeava o brigadeiro português, Ignácio Luiz Madeira de Mello, o novo governador de Armas. Os oficias brasileiros não aceitavam esta imposição, pois este decreto teria que passar primeiro pela Câmara Municipal. Houve, então, forte resistência que envolveu muitos civis e militares.
Madeira de Mello não perdeu tempo e colocou as tropas portuguesas em prontidão, declarando que iria tomar posse. No dia 19 de fevereiro, os portugueses começaram a invadir quartéis, o forte São Pedro, inclusive o convento da Lapa, onde haviam alguns soldados brasileiros. Neste episódio, a abadessa Sónor Joana Angélica tentou impedir a entrada das tropas, mas acabou sendo morta.
Concluída a ocupação militar portuguesa em Salvador, Madeira de Mello fortaleceu as ligações entre a Bahia e Portugal. Assim a cidade recebeu novas tropas portuguesas e muitas famílias baianas fugiram para as cidades do recôncavo.

Contra-ataque brasileiro:

No recôncavo, houve outras lutas para a independência das cidades e o fortalecimento do exército brasileiro. O coronel Joaquim Pires de Carvalho reuniu todo seu armamento e tropas e entregou o comando ao general Pedro Labatut. Este, assim que assumiu, intimidou Madeira de Mello.
Labatut organizou todo seu exército em duas brigadas e iniciou uma série de providências. Aos poucos o exército brasileiro veio conquistando novos territórios até chegar próximo a cidade de Salvador.
Madeira de Mello recebeu novas tropas de Portugal e pretendia fechar o cerco pela ilha de Itaparica e Barra do Paraguaçu. Esta atitude preocupava os brasileiros, mas os movimentos de defesa do território cresciam. E foi na defesa da Barra do Paraguaçu que Maria Quitéria de Jesus Medeiros se destacou, uma corajosa mulher que vestiu as fardas de soldado do batalhão de "Voluntários do Príncipe" e lutou em defesa do Brasil.
Em maio de 1823, Labatut, em uma demostração de autoridade, ordenou prisões de oficiais brasileiros, mesmo sendo avisado do erro que estava cometendo, e acabou sendo cassado do comando e preso. O coronel José Joaquim de Lima e Silva assumiu o comando geral do Exército e no dia 3 de Junho ordenou uma grande ofensiva contra os portugueses. Com a força da Marinha Brasileira, o coronel apertou o cerco contra a cidade de Salvador, que estava sob domínio português, restringindo o abastecimento de materiais de primeira necessidade. Diante destes fortes ataques e das necessidades que estavam passando, Madeira de Mello enviou apelos e acabou se rendendo. Com a vitória, o Exército Brasileiro entrou em Salvador consolidando a retomada da cidade e fim da ocupação portuguesa no Brasil.

OS PERSONAGENS


Caboclo e Cabocla: Estas figuras simbólicas foram criadas para homenagear os batalhões e os heróis de 1823 que, pela bravura e coragem, lutaram pela liberdade do Brasil. A história conta que o povo resolveu fazer sua própria comemoração e, em 1826, levou uma escultura de um índio para representar as tropas, já que não poderia ser um homem branco, porque lembrava os portugueses, nem os negros que, na época, não eram valorizados. Vinte anos depois, a Cabocla foi incluída nas comemorações.

Maria Quitéria: A maior heroína nas lutas pela independência do Brasil, na Bahia. Maria, ao ficar sabendo das movimentações sobre as lutas da independência, conseguiu uma farda do exército e se alistou para combater as tropas portuguesas. Participou de diversas batalhas e foi consagrada solenemente na chegada do exército à Salvador.

Joana Angélica: Abadessa no convento da Lapa, Joana tentou proteger os soldados brasileiros contra a invasão do convento, mas acabou sendo morta.

Brigadeiro Ignácio Luiz Madeira de Mello: Vindo de Portugal, assumiu o governo das Armas por imposição portuguesa. Tomou posse utilizando a força bruta e dominando a cidade de Salvador. Fortaleceu a relação entre Portugal e Bahia. Lutou contra o exército brasileiro.

General Pedro Labatut: Foi quem assumiu o exército brasileiro das mãos do coronel Joaquim Pires de Carvalho e começou a enfrentar o exército português. Um homem duro, Labatut conseguiu reestruturar as tropas e reerguer a vontade pela liberdade do Brasil.
Coronel José Joaquim de Lima e Silva: Assumiu o comando geral do exército brasileiro depois da prisão do general Pedro Labatut. Fez uma intensa ofensiva às tropas portuguesas. Conseguiu derrubar Madeira de Mello e assumir de volta a cidade de Salvador, vencendo a guerra.

O HINO DE 2 DE JULHO
Letra: Ladislau dos Santos Titara
Música: José dos Santos Barreto
Nasce o sol a 2 de julho
Brilha mais que no primeiro
É sinal que neste dia
Até o sol é brasileiro

Nunca mais o despotismo
Referá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros corações

Cresce, oh! Filho de minha alma
Para a pátria defender,
O Brasil já tem jurado
Independência ou morrer.

Nunca mais o despotismo
Referá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros corações

Salve, oh! Rei das campinas
De Cabrito e Pirajá
Nossa pátria hoje livre
Dos tiranos não será

INDEPENDÊNCIA DA BAHIA - TEXTO 2

Conheça a história da Independência da Bahia
Foi uma história de heroísmo que começou mais de um ano antes do 2 de julho de 1823 Há 186 anos a Bahia proclamava a verdadeira Independência do Brasil. Foi nesta data que as tropas portuguesas finalmente deixaram a Bahia, depois de várias batalhas contra o Exército brasileiro, formado por pessoas do povo. Foi uma história de heroísmo que começou mais de um ano antes do 2 de julho de 1823.
Em janeiro de 1822, chega a Salvador a carta do rei de Portugal retirando o brasileiro Manoel Guimarães do comando da cidade e nomeando o general português Madeira de Melo para o cargo de comandante das armas. Os baianos protestam.
Mas Madeira de Melo não dá espaço para que sua autoridade seja questionada. Manda bombardear o Forte de São Pedro e coloca os soldados nas ruas. Na perseguição aos rebelados, os portugueses tentam entrar no Convento da Lapa. A sóror Joana Angélica é morta tentando impedir a invasão.
Em 12 de junho, a Câmara de Salvador tenta declarar independência da coroa portuguesa, mas o general impede a sessão.
A sede de liberdade chega a Santo Amaro. Na Câmara os Vereadores, declaram Dom Pedro I defensor perpétuo do Brasil em 14 de junho. Dias depois é a vez da Vila de Cachoeira romper com a coroa. O português Madeira de Melo manda uma escuna canhoneira pelo Rio Paraguaçu atacar Cachoeira. Um tiro de canhão mata o tocador de tambor da tropa, Manoel Soledade. O povo contra ataca, toma a embarcação e aprisiona os portugueses.
O Exército brasileiro começa a ser formado com gente do povo. Chegou a ter 13 mil combatentes, a maioria gente simples como os vaqueiros de Pedrão que formaram um dos mais corajosos pelotões da guerra.
Os líderes do movimento pela independência percorriam as vilas e o campo pedindo armas, mantimentos, dinheiro e voluntários.
Foi assim que Maria Quitéria ficou sabendo da luta. Ela vestiu as roupas do cunhado e se alistou usando o nome de soldado Medeiros.
Mar - O Exército brasileiro formado por pessoas do povo se organizava no Recôncavo Baiano. Para o general português Madeira de Melo era fundamental dominar a Baía de Todos os Santos, mas os portugueses encontram resistência na Ilha de Itaparica.
A defesa de Itaparica foi feita pelos moradores, pescadores, donas de casa e até adolescentes participaram da batalhas. Maria Felipa, negra que organizou as mulheres, se destacou nos combates na praia.
Em janeiro 1823, a frotilha de Itaparica comandada pelo tenente Francisco João das Botas enfrenta a poderosa esquadra portuguesa, superior em número de embarcações. Os portugueses recuam.
Uma frota comandada por Lorde Chrocane chega no início de maio à Baía de Todos os Santos e logo enfrenta a esquadra inimiga, mas temendo a superioridade portuguesa, recua e monta base em Morro de São Paulo.
Junto com a frotilha de Itaparica que patrulhava a costa, a frota de Chrocane garantiu o bloqueio da Baía de Todos os Santos.
Enquanto Dom Pedro I declarava independência no sudeste do país, os baianos enfrentavam as tropas portuguesas na Baía de Todos os Santos e no Recôncavo. Uma história de heroísmo do povo baiano.
Para ajudar o movimento de libertação, Dom Pedro I manda o General Labatut, com reforços de armas e homens, assumir o comando das tropas baianas.
Antes da chegada de Labatut, os voluntários baianos travam uma dura batalha no Canal do Funil, entre a Ilha de Itaparica e o povoado de Jaguaripe no continente.
No sul do país, centro do poder, as articulações políticas se intensificam. O domínio da coroa portuguesa enfraquece. Às margens do Rio Ipiranga, Dom Pedro I declara independência da coroa portuguesa no dia 7 de setembro de 1822. Mas não foi o fim do domínio português.
Na Bahia, o General Labatut chega no fim de outubro e logo organiza o Exército em três brigadas: Pirajá, Armações, a quinze léguas de Itapuã, e a outra entre as duas.
No mês seguinte, 250 soldados portugueses desembarcam em Itacaranha, avançam sobre Pirajá. Foram quase oito horas de uma batalha sangrenta vencida pelos brasileiros.
Cercado por terra e por mar, Madeira de Melo percebeu que não tinha saída e abandona Salvador no dia 2 de julho.
Do Forte da Lagartixa foi dado o sinal de que a cidade estava vazia. Nossas tropas entram em Salvador. Um exército de homens exaustos, mas orgulhosos depois de um ano de luta para garantir a liberdade dos brasileiros.
Fonte: http://www.portalibahia.com.br/jornaldamanha/?p=7107

A INDEPENDÊNCIA DA BAHIA - TEXTO 1

A guerra da Bahia - por Tiago Cordeiro
Durante um ano e cinco meses, brasileiros e portugueses se enfrentaram pelo controle de Salvador. A derrota lusitana, no dia 2 de julho de 1823, ajudou a consolidar a independência do Brasil, proclamada em setembro de 1822
Faltava meia hora para a igreja do Convento de São Francisco badalar os sinos das 6 da manhã. Mas o despertar dos moradores do centro de Salvador naquele 19 de fevereiro de 1822 teve um som diferente: tiros de canhão. O alvo da artilharia era o forte de São Pedro, ocupado por centenas de soldados brasileiros amotinados. Nas ruas vizinhas, militares portugueses estavam de prontidão. Três canhões foram estacionados por eles na rua das Mercês. Com os disparos, dezenas de famílias correram para o porto e deixaram a capital em busca de suas fazendas. Muitos só retornariam um ano e cinco meses depois. Entre aquela manhã quente de verão e o dia 2 de julho de 1823, Salvador e seus arredores tornaram-se praças de guerra. De um lado, os colonizadores defendiam a permanência de Portugal no poder. Do outro, brasileiros queriam independência para o Brasil.
O pavio para a guerra na Bahia foi aceso em agosto de 1820, dois anos e um mês antes da proclamação da Independência do Brasil. Dom João VI ainda vivia no Rio de Janeiro, quando os moradores da cidade do Porto, em Portugal, iniciaram uma rebelião que exigia o retorno da corte a Lisboa e pedia que Portugal voltasse a tratar a colônia com mais rigor. Ainda em 1820, foi criado o primeiro Parlamento português, que mudou os comandos militares de dez províncias brasileiras: Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O escolhido para ocupar Salvador foi o brigadeiro português Inácio Luís Madeira de Melo. O pulso firme com que o militar assumiu o posto ajudou a detonar a revolta dos baianos.
Madeira de Melo não estava para brincadeira. Ao chegar a Salvador, em fevereiro de 1822, se fez acompanhar por 1100 soldados portugueses. No dia 15, comunicou à junta administrativa e ao governador das Armas, o tenente-coronel Manuel de Freitas Guimarães, a intenção de tomar posse imediatamente e de ocupar as fortalezas da cidade. Quando Freitas Guimarães respondeu que só deixaria o cargo se notificado pela corte, Madeira o acusou de desobediência. Em resposta, sentinelas foram colocados no forte de São Pedro, para alertar aos portugueses que eles não entrariam com facilidade. Foi aí que começou a cena do início desta reportagem.
A batalha iniciada em 18 de fevereiro só terminou depois de 72 horas, com 300 mortes estimadas. Durante os três dias de tiroteios, até uma inocente abadessa de 61 anos foi morta com um golpe de baioneta no peito. O último foco de resistência brasileira, o forte de São Pedro, caiu na madrugada do dia 20. Madeira de Melo assumiu o comando da capital no dia 2 de março. Salvador estava tomada, e a partir de então os portugueses encontrariam pouca resistência na capital. Mas, nas cidades vizinhas, o contra-ataque já começava a se organizar.
Capital rica, mas frágil
Salvador, nessa época, tinha cerca de 100 mil habitantes. “Era a segunda cidade do Brasil e uma das maiores das Américas”, afirma o historiador Ubiratan Castro, diretor da Fundação Pedro Calmon, em Salvador. “Era uma metrópole em ebulição, com uma elite insatisfeita com as tentativas de recolonização que partiam de Portugal. As atitudes de Madeira de Melo transformaram esse sentimento de insatisfação em uma guerra do interior contra a capital.” As famílias expulsas de Salvador estavam cada vez mais convencidas de que o jovem regente dom Pedro I era o homem certo para garantir, no mínimo, a autonomia brasileira. Por outro lado, Madeira de Melo dominava uma metrópole imponente, mas incapaz de se manter sozinha. “Desde a fundação da cidade, esse foi o calcanhar-de-aquiles para qualquer invasor. A capital era um entreposto militar e comercial, mas não produzia alimentos”, diz Antonietta D’Aguiar, historiadora do Arquivo Público da Bahia. As riquezas distribuídas pelo porto vinham das fazendas do Recôncavo, a região em torno da baía de Todos os Santos de solo fértil e grande produção de cana. Em poucos meses, Madeira de Melo estaria isolado na capital e condenando a si e a seus homens a passar fome.
A partir de março de 1822, os senhores de engenho do Recôncavo financiaram a criação de um exército de voluntários. Em abril, o comandante português de Cachoeira, o capitão-mor José Antônio de Almeida Fiúza, informava ao brigadeiro Madeira de Melo que havia “notícias de que se tem fabricado muitas balas, e a pólvora tem tido muita extração [venda] nas lojas”. Em junho, reuniões de lideranças em Santo Amaro e em Cachoeira terminaram com documentos pedindo autonomia para o príncipe regente – naquele momento, ainda não se falava em independência completa de Portugal. No dia 25 de junho, em Cachoeira, a população homenageava dom Pedro na praça central quando 26 marujos portugueses, que guardavam a entrada da cidade em um barco parado no rio Paraguaçu, dispararam tiros de canhão. Quem tentava fugir era alvejado por soldados portugueses escondidos dentro de casas. Os brasileiros pegaram em armas, correram para a embarcação e, depois de três dias, tomaram a canhoneira e prenderam os marinheiros. Ato contínuo, o governo de Cachoeira se instalou no hospital São João de Deus e enviou mensageiros para as cidades vizinhas com um aviso: chegara a hora de lutar. Dois meses e meio antes de dom Pedro proclamar “independência ou morte”, os baianos já matavam e morriam para acabar com o jugo português. E continuariam lutando até julho de 1823, dez meses depois do acontecimento de 7 de setembro de 1822.
Vitória e carnaval cívico
Os poucos opositores de Madeira de Melo que ainda se encontravam em Salvador deixaram a cidade, e os militares portugueses que restavam no Recôncavo retornaram à capital. Trincheiras foram cavadas nos maiores municípios da região, em especial Cachoeira, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Maragojipe e Nazaré. Os lusitanos se fecharam em definitivo na parte urbana de Salvador. Para evitar o cerco total, a partir de agosto fizeram oito tentativas de tomar a ilha de Itaparica, localizada perto da cidade. As maiores investidas parariam nos esforços de João Francisco de Oliveira Botas, o João das Botas, segundo-tenente da Armada Nacional e Imperial que chegaria do Rio de Janeiro em novembro de 1822. Por sua vez, os baianos cruzavam os arredores de Salvador e atacavam os fortes.
Portugal enviou reforços, o primeiro já em agosto – no dia 7, chegaram à Bahia, vindos de Lisboa, 600 soldados de infantaria, 100 de cavalaria e 50 de artilharia. Os brasileiros, a princípio, contavam com voluntários, comandados por oficiais militares e proprietários de terras e engenhos e compostos por brancos pobres, lavradores de fumo e mandioca e escravos. Mas dom Pedro também mandou homens. Como o Brasil não tinha Exército próprio, ele contratou estrangeiros vindos das guerras napoleônicas (1803-1815). O primeiro foi o francês Pierre Labatut. O novo comandante das tropas brasileiras levou a Cachoeira 510 soldados, seis canhões, 5 mil espingardas, 500 pistolas e 500 sabres. Labatut concentrou forças em um quartel improvisado em Engenho Novo de Pirajá, na fronteira entre os territórios inimigos. Em novembro, ali seria disputada uma batalha crucial.
Ela começou na manhã do dia 8, como uma movimentação portuguesa para reconhecimento das forças de Labatut. A reação brasileira foi violenta, e os combates forçaram o recuo dos 400 portugueses. Do lado brasileiro, entre os 1300 homens que guardavam sua posição, estava a soldado Maria Quitéria. Foi na Batalha do Pirajá que surgiu uma das muitas lendas que cercam a independência da Bahia: o corneteiro brasileiro Luís Lopes, que deveria comunicar uma ordem de recuo, se confundiu e acabou emitindo o aviso de “avançar, degolar”. O engano teria apavorado os militares portugueses, que recuaram, imaginando que os inimigos esperavam reforços.
Diante da derrota em Pirajá e da impossibilidade de tomar Itaparica, Madeira de Melo viu o custo de vida disparar na cidade. Enquanto isso, dom Pedro I contratava o almirante britânico Thomas Cochrane para liderar as forças por mar. Ele chegou à Bahia em abril, e no dia 4 de maio tentou tomar Salvador. Ao fim da maior batalha naval da guerra, as posições anteriores foram mantidas. Pior para Madeira, cada vez mais enfraquecido. Pela primeira vez desde o começo dos conflitos, os brasileiros iriam ganhar terreno. Em junho de 1823, ataques por terra, em várias frentes, acabaram com a tomada de postos de defesa portugueses. Acuado, e agora sem bases de defesa cruciais, Madeira de Melo preparou a retirada. Na madrugada de 2 de julho de 1823, Cochrane viu 84 embarcações deixarem a cidade. Ele as seguiu até a entrada da cidade do Porto, em Portugal, e conseguiu tomar sete navios. Enquanto isso, militares brasileiros entravam em Salvador cobertos de aclamações.
Desde então, o 2 de julho é tratado pelos baianos como a data da independência definitiva do Brasil. Todos os anos, um verdadeiro carnaval cívico toma as ruas de Salvador e das cidades do Recôncavo. “A independência só foi pacífica na região Sudeste. Aqui na Bahia, ela foi conquistada com sangue”, diz a historiadora Antonietta D’Aguiar. “Demos a vida para garantir a integridade do território nacional.”


Os grandes personagens da vitória contra Portugal
Mártir da causa - Joana Angélica

Perto do meio-dia de 20 de fevereiro de 1822, marujos e soldados portugueses saqueavam lojas do centro quando um grupo arrombou o portão lateral do convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa. Na porta da clausura, encontraram a madre Joana Angélica de Jesus, que disse a eles que só entrariam se passassem sobre seu cadáver. Um deles atravessou a baioneta no peito da madre e o grupo invadiu o local.
Soldado Medeiros - Maria Quitéria
Ela queria lutar. O pai disse “não”. Em 1822, Maria Quitéria de Jesus fugiu de casa, na localidade de Serra da Agulha, e entrou para o batalhão do major José Antônio da Silva Castro, avô do poeta Castro Alves. A soldado Medeiros participou de vários confrontos. Ao fim da guerra, foi recebida pelo imperador dom Pedro I. De volta à Bahia, morreu em 1853, cega, anônima e pobre.
Aventureiro francês - Labatut

Quando desembarcou no Rio de Janeiro, em 1821, o francês Pierre Labatut já tinha muita história para contar. Ele lutou nas guerras napoleônicas até 1807, quando foi feito prisioneiro. Depois, foi parar nos Estados Unidos, em 1810. Saindo de lá, lutou na Venezuela e na Colômbia, onde conheceu Simon Bolívar (1783-1830). Dali foi para o Haiti, e então para Bahia. Morreu em Salvador, em 1849.

Almirante ingLês - Thomas Cochrane

Ao chegar à América do Sul, em 1818, o almirante escocês Thomas Cochrane tentava dar a volta por cima. Depois de servir nas guerras napoleônicas, ele havia sido preso, sob a acusação de fraude financeira. Solto, acabou no Chile, onde lutou contra os espanhóis. Veio ao Brasil em 1823. No mesmo ano, recebeu o perdão do rei inglês e voltou para Londres, onde morreu em 1860.

Saiba mais - LIVROS
A Independência do Brasil na Bahia, Luís Henrique Dias Tavares, EDUFBA, 2005
Escrito por um dos maiores especialistas no assunto, explica as causas da guerra e narra, com grande riqueza de detalhes, seus principais momentos.
Guerras da Independência, Arlenice Almeida da Silva, Nova Fronteira, 1992 Mais didática, a historiadora descreve todos os conflitos que aconteceram entre brasileiros e portugueses depois da proclamação da independência.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

2º FACE e 1º TAL




Começou no dia 11 e foi até 22 de maio as inscrições para o 2º Festival Anual da Canção Estudantil (FACE) e o 1º Tempos de Arte Literária (TAL). Depois da ótima experiência na estréia no ano passado, o Face volta a transformar o clima das escolas, mobilizando a comunidade escolar em uma atividade que alia arte e educação.


O FACE revela uma atitude pioneira, ao desenvolver um festival de música, com caráter educativo, fruto das criações artísticas e culturais provenientes dos contextos escolares, estimulando o surgimento de novos talentos e o desenvolvimento da Música Popular Brasileira.


O TAL, por sua vez, introduz no currículo escolar, dos níveis fundamental e médio, a produção literária, de maneira a formar não apenas leitores das obras clássicas dos distintos movimentos de literatura passados e contemporâneos, mas produtores dessas obras, nos mais variados gêneros, da prosa à poesia, passando pelos contos, sonetos, cartas e, até mesmo, novelas ou romances. Os vencedores do FACE e do TAL vão receber, além de um troféu destacando a classificação, várias premiações.


Os estudantes do Colégio Estadual Vilas Boas Moreira também participaram do 2º FACE e do 1º TAL. Além da coordenadora geral dos projetos FACE e TAL, a escola também contou com a visita da coordenadora regional do projeto. Clique no nosso álbum para ver as fotos e faça o seu comentário aqui!