sexta-feira, 10 de julho de 2009

INDEPENDÊNCIA DA BAHIA - TEXTO 2

Conheça a história da Independência da Bahia
Foi uma história de heroísmo que começou mais de um ano antes do 2 de julho de 1823 Há 186 anos a Bahia proclamava a verdadeira Independência do Brasil. Foi nesta data que as tropas portuguesas finalmente deixaram a Bahia, depois de várias batalhas contra o Exército brasileiro, formado por pessoas do povo. Foi uma história de heroísmo que começou mais de um ano antes do 2 de julho de 1823.
Em janeiro de 1822, chega a Salvador a carta do rei de Portugal retirando o brasileiro Manoel Guimarães do comando da cidade e nomeando o general português Madeira de Melo para o cargo de comandante das armas. Os baianos protestam.
Mas Madeira de Melo não dá espaço para que sua autoridade seja questionada. Manda bombardear o Forte de São Pedro e coloca os soldados nas ruas. Na perseguição aos rebelados, os portugueses tentam entrar no Convento da Lapa. A sóror Joana Angélica é morta tentando impedir a invasão.
Em 12 de junho, a Câmara de Salvador tenta declarar independência da coroa portuguesa, mas o general impede a sessão.
A sede de liberdade chega a Santo Amaro. Na Câmara os Vereadores, declaram Dom Pedro I defensor perpétuo do Brasil em 14 de junho. Dias depois é a vez da Vila de Cachoeira romper com a coroa. O português Madeira de Melo manda uma escuna canhoneira pelo Rio Paraguaçu atacar Cachoeira. Um tiro de canhão mata o tocador de tambor da tropa, Manoel Soledade. O povo contra ataca, toma a embarcação e aprisiona os portugueses.
O Exército brasileiro começa a ser formado com gente do povo. Chegou a ter 13 mil combatentes, a maioria gente simples como os vaqueiros de Pedrão que formaram um dos mais corajosos pelotões da guerra.
Os líderes do movimento pela independência percorriam as vilas e o campo pedindo armas, mantimentos, dinheiro e voluntários.
Foi assim que Maria Quitéria ficou sabendo da luta. Ela vestiu as roupas do cunhado e se alistou usando o nome de soldado Medeiros.
Mar - O Exército brasileiro formado por pessoas do povo se organizava no Recôncavo Baiano. Para o general português Madeira de Melo era fundamental dominar a Baía de Todos os Santos, mas os portugueses encontram resistência na Ilha de Itaparica.
A defesa de Itaparica foi feita pelos moradores, pescadores, donas de casa e até adolescentes participaram da batalhas. Maria Felipa, negra que organizou as mulheres, se destacou nos combates na praia.
Em janeiro 1823, a frotilha de Itaparica comandada pelo tenente Francisco João das Botas enfrenta a poderosa esquadra portuguesa, superior em número de embarcações. Os portugueses recuam.
Uma frota comandada por Lorde Chrocane chega no início de maio à Baía de Todos os Santos e logo enfrenta a esquadra inimiga, mas temendo a superioridade portuguesa, recua e monta base em Morro de São Paulo.
Junto com a frotilha de Itaparica que patrulhava a costa, a frota de Chrocane garantiu o bloqueio da Baía de Todos os Santos.
Enquanto Dom Pedro I declarava independência no sudeste do país, os baianos enfrentavam as tropas portuguesas na Baía de Todos os Santos e no Recôncavo. Uma história de heroísmo do povo baiano.
Para ajudar o movimento de libertação, Dom Pedro I manda o General Labatut, com reforços de armas e homens, assumir o comando das tropas baianas.
Antes da chegada de Labatut, os voluntários baianos travam uma dura batalha no Canal do Funil, entre a Ilha de Itaparica e o povoado de Jaguaripe no continente.
No sul do país, centro do poder, as articulações políticas se intensificam. O domínio da coroa portuguesa enfraquece. Às margens do Rio Ipiranga, Dom Pedro I declara independência da coroa portuguesa no dia 7 de setembro de 1822. Mas não foi o fim do domínio português.
Na Bahia, o General Labatut chega no fim de outubro e logo organiza o Exército em três brigadas: Pirajá, Armações, a quinze léguas de Itapuã, e a outra entre as duas.
No mês seguinte, 250 soldados portugueses desembarcam em Itacaranha, avançam sobre Pirajá. Foram quase oito horas de uma batalha sangrenta vencida pelos brasileiros.
Cercado por terra e por mar, Madeira de Melo percebeu que não tinha saída e abandona Salvador no dia 2 de julho.
Do Forte da Lagartixa foi dado o sinal de que a cidade estava vazia. Nossas tropas entram em Salvador. Um exército de homens exaustos, mas orgulhosos depois de um ano de luta para garantir a liberdade dos brasileiros.
Fonte: http://www.portalibahia.com.br/jornaldamanha/?p=7107

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